Texto parcial da repórter Karin Hueck extraído da revista PLACAR da edição de abril de 2008.
Em 2006, o Congresso aprovou a Lei do Incentivo ao Esporte, que tem como objetivo atrair empresas para investir na área, abatendo o gasto do Imposto de Renda. Instituições ligadas à educação, ao lazer e ao esporte não-profissional podem receber investimentos. Assim, esperava-se que associações, ONGs e institutos tivessem a chance de juntar a verba para promover o esporte como inclusão social. E que as empresas que não investem em esporte vissem atrativos para entrar na área.
O que chama atenção é que os maiores beneficiados são grandes instituições, que sempre contaram com receitas vultosas de patrocinadores. É o caso do Comitê Olímpico Brasileiro e do São Paulo Futebol Clube. Juntos, já receberam mais de 38 milhões de reais e são, até agora, disparados os maiores favorecidos da lei.
No clube paulista, o total arrecadado é de 13,9 milhões de reais, em três projetos. Um deles, destinado à construção de “arquibancadas com vestiários, arruamento e estacionamento de veículos”, recebeu 4,3 milhões de reais. Seria para o CT onde estão as categorias de base. O marketing do São Paulo afirma que toda a verba foi repassada ás categorias de base.]
Não há nada que impeça grandes organizações de se beneficiar da lei, mas a validade da iniciativa fica em dúvida se principalmente elas continuarem recebendo quantias altas. “Não podemos rejeitar o projeto de alguém só porque ele é rico. A lei é igual para todos”, diz Alcino Reis, presidente da comissão responsável pela lei no Ministério do Esporte.
terça-feira, 8 de abril de 2008
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